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terça-feira, 20 de julho de 2010

OBESIDADE INFANTIL cont.


OBESIDADE INFANTIL 2ª Parte

Atualmente, a OMS recomenda a prática de atividades físicas de intensidade leve ou moderada diariamente ou na maior parte dos dias da semana, sendo que, para a prevenção de doenças cardiovasculares, diabetes e para o controle de peso, de 30 a 60 minutos diários de atividade, podendo ser praticados de forma continua ou acumulada ao longo do dia (BRASIL, 2006). A Sociedade Brasileira de Cardiologia nos traz o alerta da importância da realização de atividades físicas para combater a obesidade infantil.

Atividade física na infância e adolescência tem efeitos benéficos sobre o controle dos fatores de risco cardiovascular como a obesidade, a dislipidemia, a diabetes mellitus, o tabagismo e a hipertensão arterial sistêmica, bem como sobre a capacidade funcional aeróbica, a prevenção da osteoporose e a saúde psicológica dos seus praticantes (SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA, 2005).

Outras conseqüências acarretadas pela obesidade estão relacionadas à qualidade de vida do indivíduo no campo psico-social, indivíduos obesos, principalmente crianças e adolescentes, freqüentemente apresentam baixa auto-estima, afetando a performance escolar e os relacionamentos (Matsudo, 2006). Tal idéia está de acordo com o que o Ministério da Saúde alerta:

“Com o crescimento da criança, na fase escolar, já não se espera tanta corpulência, o excesso de peso já pode trazer algumas dificuldades em atividades físicas, a corpulência pode começar a ser motivo de "chacotas", o que se intensifica na fase de adolescência” (BRASIL, 2006).

A obesidade até bem pouco tempo atrás era uma doença características das classes sociais mais abastadas, o que hoje se verifica é um aumento também nas classes menos favorecidas. Anteriormente confinado aos países desenvolvidos, o fenômeno alcançou de forma intensa os países em desenvolvimento, como resultado do que se chamou transição epidemiológica, onde populações comprometidas principalmente pela subnutrição mudaram rapidamente esse perfil, com progressivos contingentes de pessoas com excesso de peso e obesidade. O Brasil vem se destacando negativamente, ocupando hoje o topo do pódio no aumento de peso corporal por pessoa / ano: 0,5kg (MATSUDO, 2006).

Já Fisberg (2006) aponta uma outra hipótese relevante sobre estudos na área da obesidade infantil. Um destes estudos realizados na Universidade Federal de São Paulo aponta que indivíduos em estado de desnutrição, sobreviventes e recuperados, com acesso a uma alimentação de qualidade, podem acumular com mais facilidade a gordura no tecido adiposo, numa proteção natural do organismo protegendo-se de uma possível falta de alimentação futura. Outras hipóteses mostram que a mudança dos hábitos de vida, com o aumento do sedentarismo e a adoção de hábitos de vida não saudáveis, com alimentação inadequada, e a incorporação de hábitos procedentes das sociedades ocidentais, poderiam explicar este aumento descontrolado da epidemia (FISBERG, 2006).

Em um passado recente, era bastante comum ouvirmos frases de nossas avós como: “criança gordinha é criança sadia”, imperava a cultura de sobrecarregar as crianças com alimentos, muitas vezes inadequados ou desnecessários. Hoje a doença vem chamando atenção da mídia, que procura alertar para os riscos da obesidade infantil persistir até a idade adulta, em virtude principalmente dos maus hábitos alimentares aliados à falta de atividades físicas regulares (FISBERG, 2006).

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