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terça-feira, 29 de novembro de 2011

ÍNDICE DE MASSA CORPORAL - IMC

Índice de Massa Corporal (IMC)

A antropometria é a ciência que estuda e avalia as medidas de tamanho, peso e proporções do corpo humano. Dentro desta ciência encontramos medidas de peso e altura, diâmetros e comprimentos ósseos, espessuras das dobras cutâneas, circunferência e alguns índices que avaliam o risco de desenvolver doenças. Dentre eles podem citar: índice de massa corporal (IMC) ou de Quetelet, índice de conicidade (IC) proposto por Valdez (MONTEIRO E FILHO, 2002).
Muitos autores defendem a utilização de medidas antropométricas e Heyward (2004), acrescenta que além do tamanho e das proporções corporais, as medidas antropométricas avaliam a composição corporal total e regional. Apesar de menos eficiente que as medidas de dobras cutâneas, o método do IMC é bem mais simples, barato e não exige um alto grau de habilidade e treinamento para sua aferição (HEYWARD, 2004).

Para Heyward as circunferências são afetadas pela massa gorda, pela massa muscular e pelo tamanho do esqueleto; desta forma, estas medidas estão relacionadas à massa gorda e à massa magra. Para estimar a gordura corporal a partir do peso e altura, o IMC deverá estar relacionado à gordura corporal, mas não estará relacionado significativamente com a altura do indivíduo. Porém a relação com a gordura corporal varia de acordo com a idade e sexo. O IMC só não será totalmente independente da altura em crianças menores de quinze anos (HEYWARD, 2004).
O IMC é calculado dividindo a massa corporal (kg) pela estatura ao quadrado. Valores iguais ou maiores que 27,8 kg/m2 para homens e 27,3 kg/m2 para mulheres, estão associados ao risco de mortalidade significantemente. Mas este índice não leva em consideração a composição proporcional do organismo do individuo avaliado (MONTEIRO E FILHO, 2002).

Como fator de risco cardiovascular, o papel da obesidade ainda é bastante controverso, porém, a melhor explicação para a relação existente entre obesidade e doença cardíaca isquêmica é que, esta doença ocorreria em um determinado grupo de obesos, ou seja, nas pessoas que apresentassem gordura corporal localizada na região abdominal ou central, mesmo na ausência da obesidade generalizada. A gordura abdominal vem sendo considerada como forte fator de risco coronariano, se comparada em relação a diversos outros indicadores de obesidade como fator de risco cardiovascular já amplamente estudados. Existem diversos indicadores de obesidade total e central, porém o índice de massa corporal (IMC) é o indicador de obesidade total mais utilizado em estudos populacionais. Recentes estudos demonstraram que o índice de conicidade (Índice C) ou (IC) é indicador de obesidade central que melhor discrimina o elevado risco coronariano (PITANGA e LESSA, 2006).

Para Guedes (2006), embora o cálculo de IMC possa ser simples, sua interpretação apresenta algumas dificuldades. Referenciais de sobrepeso têm sido estabelecidos de maneira arbitrária e provocam, vez por outra, polêmicas entre os especialistas da área.